quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Soja e uva passa ajudam a prevenir e melhorar hipertensão

Segundo trabalhos apresentados em congresso nos Estados Unidos, poucas quantidades dos alimentos ao dia já beneficiam a pressão arterial

Soja recupera células danificadas do coração
Soja: pesquisa mostrou que alimento é capaz proteger o corpo contra hipertensão (Thinkstock)
A  soja e a uva passa são capazes de prevenir e reduzir a pressão arterial elevada, de acordo com dois novos estudos apresentados neste domingo na 61º Sessão Anual Científica da Agremiação Americana de Cardiologia, em Chicago, Estados Unidos. Os estudos foram feitos no Centro de Pesquisa de Metabolismo e Aterosclerose de Louisville e na Universidade de Columbia.
Uma das pesquisas acompanhou 46 indivíduos que apresentavam um aumento discreto da pressão sanguínea. Eles foram divididos em grupos de acordo com a dieta que lhes foi recomendada. As pessoas que comiam três punhados de uvas passas ao dia, em comparação com aquelas que consumiam a mesma quantidade de biscoitos, demonstraram queda significativa na pressão arterial após um período de 12 semanas.
Os pesquisadores não souberam definir como as passas agem no organismo, mas acreditam que isso se deva aos altos níveis de potássio, nutriente que é conhecido por diminuir a pressão do sangue. "As passas também são boas fontes de fibra dietética e de antioxidantes, que podem alterar positivamente a bioquímica dos vasos sanguíneos, fazendo com que eles se tornem menos rígidos, reduzindo, assim, a pressão arterial”, afirma Harold Bays, coordenador do estudo. De acordo com o especialista, uma porção de 60 uvas passas contém um grama de fibras e 212 miligramas de potássio.
Grão saudável — O outro trabalho acompanhou os participantes desde 1985 e se baseou em hábitos e incidências de problemas de hipertensão dos pacientes ao longo dos anos. As conclusões desse levantamento demonstraram que pessoas que consumiam 2,5 miligramas ou mais por dia de isoflavonas, um componente essencial na soja que contribui para a dilatação dos vassos sanguíneos e para a melhora de pressão do sangue, tiveram significativa redução na pressão arterial em comparação com aquelas que ingeriam menos de 0,33 miligramas do alimento.
De acordo com os pesquisadores, não é difícil alcançar níveis saudáveis de ingestão desse composto diariamente: somente um copo de leite de soja contém 22 miligramas de isoflavonas. Eles explicam que o consumo de soja pode ser um caminho para quem tem pressão arterial um pouco elevada. "Deixar de tomar medicamentos somente por meio de mudanças nos hábitos alimentares e no estilo de vida é algo emocionante, especialmente considerando dados recentes que estimam que apenas cerca de um terço dos hipertensos americanos têm a sua pressão arterial sob controle", diz Safiya Richardson, que participou do estudo.


domingo, 15 de setembro de 2013

Aterosclerose, Infarto e Angina: A Importância de beber Água Antioxidante

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Aterosclerose, Infarto e Angina: A Importância de beber Água Antioxidante
A aterosclerose é uma doença inflamatória crônica que apresenta formação de placas nas artérias (ateromas). Essas placas progressivamente vão aumentando de tamanho nas artérias e consequentemente diminuindo o calibre das mesmas, o que gera menor fluxo sanguíneo para o músculo cardíaco gerando falta de oxigênio, o que pode levar a angina (dor no peito de origem cardíaca), infarto (morte do músculo cardíaco) e AVC (acidente vascular isquêmico), mais conhecido como derrame.
A aterosclerose é uma doença multifatorial (de diversas causas) da parede da artéria envolvendo acúmulo de gordura, morte celular, processos inflamatórios e trombogênicos.
Antigamente acreditava-se que o LDL (colesterol ruim) por si só causava as placas. Hoje se sabe que o LDL que se deposita nas placas de artérias é o LDL oxidado.  Portanto é necessário um estresse oxidativo que oxide o LDL para que ocorra a formação das placas (1-5).
Assim, o início da aterosclerose, infarto, angina e derrame ocorrem devido ao estresse oxidativo ao qual estamos submetidos.
Todo o processo de inflamação que ocorre dentro das placas só ocorre após o LDL oxidado entrar na parede da artéria. Portanto agora se sabe que esta doença que era considerada principalmente inflamatória só ocorre após a instalação do estresse oxidativo, através da presença do LDL oxidado na parede das artérias.
Aí reside a importância da oxidação e do estresse oxidativo na doença que mais mata no mundo inteiro e a importância de se realizar prevenção com uma dieta adequada.
Para evitar o estresse oxidativo é necessário evitar alguns fatores ambientais que geram radicais livres que levam a oxidação. Existem diversas fontes de excesso de radicais livres, que são nocivas à nossa saúde, entre elas substâncias oxidantes presentes em alimentos e bebidas (aditivos químicos, conservantes, adoçantes, etc.).
Portanto, para quem quer levar uma vida saudável, com menores danos relacionados aos radicais livres, deve evitar líquidos e alimentos industrializados com aditivos químicos, conservantes e adoçantes e deve preferir alimentos naturais e a ingesta de água.
Mas qual água deve beber?
A maioria das águas ingeridas pelo Brasil afora tem potencial de oxirredução positivo, ou seja, são oxidantes.
Pensando na sua saúde, pesquisadores no Brasil desenvolveram um filtro que reduz o potencial de oxirredução, tornando a sua água levemente antioxidante, protegendo o seu corpo dos danos dos radicais livres.
Além de ser antioxidante, a água ideal deve ser alcalina, ionizada, hidratante e magnesiana.
1) Badimon JJ, Fuster V, Chesebro JH, Badimon L: Coro-nary atherosclerosis. A multifactorial disease. Circula-tion, 1993; 87: II3-16
2) Berliner JA, Heinecke JW: The role of oxidized lipopro-teins in atherogenesis. Free Radic Biol Med, 1996; 20: 707-727
3) Novelli G, Mango R, Vecchione L, Mariotti E, Borgiani P, Mehta JL, Romeo F: New insights in atherosclerosis research: LOX-1, leading actor of cardiovascular diseases. Clin Ter, 2007; 158: 239-248
4) Kume N, Murase T, Moriwaki H, Aoyama T, Sawamura T, Masaki T, Kita T: Inducible expression of lectin-like oxidized LDL receptor-1 in vascular endothelial cells. Circ Res, 1998; 83: 322-327
5) Ohki I, Ishigaki T, Oyama T, Matsunaga S, Xie Q, Ohnishi-Kameyama M, Murata T, Tsuchiya D, Machida S, Morikawa K, Tate S: Crystal structure of human lec-tin-like, oxidized low-density lipoprotein receptor 1 ligand binding domain and its ligand recognition mode to OxLDL. Structure, 2005; 13: 905-917